Foi muito mais que um cachorro. Um cãopanheiro. Um filho. Um amigo. Pensar na vida do Nycko e pensar na minha própria vida.
O Nycko já estava muito doente, e na manha que cheguei da maternidade
com nosso segundo filho (Gabriel) no colo notei que ele não estava respirando
direito. Deixamos o bebê com mamãe e fomos para a veterinária com o Nycko na
hora, avisando o Bernardo que o Nycko ia para o hospital de cachorrinhos de
novo – o Nycko estava ficando muito no hospital naqueles dias. O quadro não
podia ser pior, o nódulo do pulmão estava sufocando ele, uma pneumonia tinha
tomando conta também e meu filho canino não conseguia mais andar. Em comum
acordo aceitamos que ele fosse sacrificado naquele dia .
Choramos juntos, eu e marido e voltamos calados para casa.
Os dias foram passando e eu observando que o Bernardo não perguntava
pelo Nycko, e eu mantive minha postura de também não citar o nome dele.
Ate que uma noite fomos ao mercado apenas nos 2, e o Bernardo perguntou
– Mãe, cadê o Nycko? Por que ele não voltou ainda do hospital de
cachorrinho..
Pronto. Parei o Carro e olhei para o meu pequeno passageiro de 4 anos lá
atrás.
- Filho, o Nycko não vai voltar mais. Ele estava muito doente, e virou
estrelinha no céu.
Choramos nós dois um pouco.
- Eu vou sentir saudades dele mãe.
- Eu também sinto filho.
Liguei o carro e fomos para casa. Alguns dias se passaram e mais
perguntas vieram
- Todos vamos virar estrelinhas?
- Como posso ver o Nycko entre as estrelinhas do céu?
E a que mais me emocionou:
- Mãe, quando você virar estrelinha como vai me abraçar?
- Filho, a mamãe sempre vai brilhar para você, no céu e no seu coração.
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