quarta-feira, 27 de junho de 2012

Para não perder o caminho...

Um dia ela quis embora. Arrumou as malas, juntou tudo o que achava importante e partiu. Decidiu não olhar para trás, por que assim não teria saudades ou a dor fosse menor. Deixou todos os que amava, e que a amavam, por que precisava de liberdade.. (essa tal liberdade é assunto para outro post, outro dia...)

E ela conheceu o mundo, o tempo passou, a necessidade de fugir acabou, ficou raízes, casou, virou mãe. E de repente, tudo o que tinha ficado para trás foi novamente revirado, como se ela acordasse em um sonho, ou tivesse sido uma amnesia por 20 anos - e ela se pegou com saudades, muitas saudades.

Saudades de casa. Saudades do cheiro da infância, saudades dos amigos que deixou pelo caminho. Saudades da menina que foi um dia e que enterrou lá dentro, trancada longe demais. Saudades de estar perto de quem a conheceu um dia, de verdade. E naquele dia ela chorou, chorou de felicidade. Chorou por ter acordado a tempo, por ter a chance de resgatar tudo aquilo que julgava perdido, de ver que a amizade verdadeira sobrevive a muitos anos, quer conversar com pessoas que a conheceram de verdade pode ser muito bacana, que o cheiro da infância ainda é o mesmo.


Muitas mulheres em uma só

Não podemos mudar o passado, mas sempre podemos fazer um futuro diferente.

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